INÍCIO



Em Renunciando a Matrix, haveremos de buscar pensares que não estejam vinculados a pobreza do pensamento humano, identificado com as propostas individuais e coletivas que se filiem a aceitar dogmas, leis, crenças e padrões que façam fileiras, com as amarras com as quais a humanidade vem ao longo de séculos permitindo-se atuar como vítima, de grupos, organizações, sociedades secretas, religiões e governos.
Estes todos, são dirigidos por ignorantes e imbecis que acreditam que o poder que lhes é confiado  em razão dos cargos que ocupam, lhes concede o direito a dominação da consciência humana, e o cerceamento da liberdade do homem.
Em razão deste comportamento, empecilhos são gerados limitando ao indivíduo em sua manifestação como ser livre, e na condição inalienável de promover a sua evolução, como ser pensante na harmonização de sua realidade material e a compreensão de sua realidade espiritual.


O homem é fruto do meio que o gerou, e por ele é influenciado de maneira significativa.
Atualmente preocupamo-nos para onde nossa sociedade esta se encaminhando. Os desregramentos individuais e coletivos proliferam em nosso planeta, pintando de negritude os lares, as ruas e os ambientes onde o homem circula e habita.
Alterar este processo requer de parte desta sociedade, um compromisso que esteja atrelado a um melhor equacionamento das relações sociais. Esta relações  historicamente se iniciam no seio familiar. A partir deste, se propaga por toda a sociedade, sendo esta, neste momento,  apenas o reflexo daquilo que em nossos lares podemos assistir com a crescente fragmentação da mais importante organização social do planeta, a família.


Os Pais tem uma responsabilidade para com a sociedade além de sua compreensão. Eles são os responsáveis pela educação e o balizamento das condutas éticas, morais e o respeito ao direito a vida, que seus filhos devem aprender com os exemplos que lhes sejam oferecidos pelos seus pais.
A sociedade líquida gerou um elemento extremamente corruptível ao indivíduo, que a este o fez refém.
Refiro-me ao consumismo, cada vez mais  observamos a necessidade da aquisição de bens e serviços por parte do indivíduo, que totalmente confuso e envolvido neste emaranhado de prazeres e ofertas, cega-se diante do mal que o seduz.
Estas necessidades são criadas para atender a inesgotável ambição de grupos e governos em aumentar os seus ganhos e o poder sobre o homem.
A família já fragilizada em razão de suas relações conturbadas, cai de maneira inocente diante do cenário proposto por estas organizações.
Aumentando de maneira desenfreada a busca pela satisfação de seus membros. Mas, como esta não se trata de uma tarefa simples, a não obtenção dos produtos e serviços desejados, lança ao seio familiar, desentendimentos e consequente desunião, que promovem a ruptura das relações entre pais, filhos e irmãos.


Uma sociedade comprometida com estas buscas, raramente se dá o direito de desenvolver pensamentos que sejam alicerçados por reflexões e ponderações.
Esta miserável educação é passada de geração a geração, e cada vez mais contribui para atrofiar a capacidade cognitiva do indivíduo, gerando alienação em todos os aspectos da vida individual e coletiva.
E, um indivíduo perturbado e sedento de prazeres, é facilmente comprado e  corrompido, assim como igualmente foram os índios no inicio de nossa colonização, estes últimos, eram facilmente enganados por espelhos, brilhos e outros adereços da época.
Contudo, hoje são utilizados outros adereços, bem mais sofisticados, mas igualmente apenas ferramentas de uma promíscua barganha.


Em minha compreensão o pensamento é o segundo maior dom que o homem detém em sua natureza, o primeiro, é a capacidade de amar.
Hoje, ambos são pálidas virtudes, pois, sofreram ao longo dos tempos o esgotamento e a orquestrada desvalorização, em favor de fórmulas prontas e vazias emoções.
Mas, a quem isto interessa?
Sem dúvida que a muitos, e estes, se valem de todas as suas artimanhas e da própria inocência e ignorância da humanidade.  
Um indivíduo que não pensa é apenas uma peça em um jogo de xadrex, sem, contudo, ter a importância e o valor que as mesmas têm no referido jogo.
Em Renunciando a Matrix, haveremos de abordar todos os temas, sem meias palavras, porém, sem conceder a estas a realeza naquilo que elas emprestam aos pensasres por mim desenvolvidos.



Minha única intenção é a de contribuir para o seu pensar, levando inquietudes e certamente em alguns momentos contrariedades insuperáveis, mas, que nestas ocasiões, cumprem com o dever de retirá-los de seus pontos de conforto.
E movidos por estas inquietudes, concedam-se a oportunidade para refletir, como um processo resultante da reflexão e ponderação, e não o resultado do refletir no sentido do reflexo, como aquele que obtemos na frente do espelho.
A verdade possívelmente e certamente, não estará em minhas palavras, todavia, as mesmas devem cumprir com o papel pelo qual elas estão sendo expostas.
E este papel, o de torná-los desconfortáveis, diante das mesmas, lhes prometo que me empenharei no sucesso desta proposta.



Roberto Velasco.



Nenhum comentário:

Postar um comentário